Perú

O país de muitas cores

5Tacna está há uns 50 Km de Arica. Depois dos procedimentos de Aduana, e de buscar informações sobre o país no i P  eruentramos em Tacna as 12:50h.  A cidade é bem limpa, pelo menos no centro, e o povo bem receptivo e simpático. Fomos ao centro de informações e ficamos impressionados com o atendimento e a estrutura para o turista. Nos orientaram a dormir em frente e polícia turística, pois na cidade não há camping ou local para estacionar Motorhome!

Fomos ao hospital para o Toninho conversar com um médico para ter informações de cuidados com altitude. Lá, fomos atendidos rapidamente e pagamos 15 Soles Peruanos! Isso são R$12,00 a consulta! O hospital é um grande galpão com salas para todas as especialidades, além de salas de  emergência, cirurgias, exames, farmácias, uma estrutura muito boa!

Resolvemos visitar o complexo arquiológico onde há um museu de Petroglífos em Miculla. Petroglifos são desenhos feitos pelos antepassados em pedras! Os desenhos datam de 1500 a.C, e são muitos! Estima-se que há 500 desses em toda a região!

O José, guia do Museu é muito atencioso e nos orientou a fazer as caminhadas pelo vale em frente para ver outras pedras que estavam no local de origem! Nos falou ainda que os ufólogos visitam muito este local em busca de OVNI's, por, segundo ele, serem facilmente vistos ali. Comentou também que eles crêem que alguns dos desenhos (como o maior deles feito em uma pedra, numa montanha íngreme, tem 7 metros), é quase impossível ter sido feito por um homem! Crenças á parte, as pedras relatam histórias dos povos antigos, como caçadas, animais, rituais, casamentos, sacrifícios, festas, etc. Saindo do Museu, caminhamos por 2 horas passando por pontes suspensas, e senderos, em busca de mais Petroglifos.  

Depois, fomos a Pachia, uma cidade com muitas plantações e restaurantes caseiros. Ali tem um complexo turístico com piscina, hotel e restaurantes e banhos de águas termais!  Fomos conhecer e realmente é muito interessante! São salas com piscinas para até 3 pessoas, privativo, ou seja a família usa uma sala, que ao final é esvaziada e limpa! Tudo muito limpo e organizado! Pagamos R$15,20 para os dois incluindo shampoo e sabonete! Não curtimos muito águas termais, mas esta nós apreciamos muito! Recomendamos!

Acordamos cedo pois queríamos passar por Moquegua e seguir para Arequipa no mesmo dia! O trajeto de Tacna a Monquegua é muito bonito, mas devido a camanchaca (forte neblina que sobe do oceano invadindo a região), havia muita neblina! Chegamos a Moquegua e, novamente, fomos surpreendido pelo verde intenso dos vales, as plantações com muitos trabalhando em plantio e colheita, gados, ovelhas, cabras, e uma infinidade de aves e animais!

Fizemos a Ruta do Pisco que possui diversas bodegas e restaurantes para se provar a bebida! demos a volta na cidade e seguimos para Arequipa!

Arequipa - Lugar de encontros

O trajeto para Arequipa foi muito lindo! Com diversas montanhas coloridas, trechos com tanta neblina que não era possível enchergar quase nada, e a visão dos vulcões tornaram a viagem linda! Paramos em um ponto para admirar as montanhas coloridas, e logo um brasileiro de São Paulo, Mário Ferrarini, que esta viajando sozinho parou ao nosso lado, para saber se estavamos bem, se precisávamos de algo! Conversamos um pouco  e ele seguiu viagem! 

Seguimos em frente e logo fomos surprendidos pela visão dos vales e da cidade de Arequipa, que está cercada pelos vulcões! A entrada da região esta em obras e o trânsito louco do Perú, faz dicar mais lento e difícil ainda! Passado este trecho, logo começamos a ver a cidade de Arequipa! Uma cidade grande, estruturada, com shoppings, lojas conhecidas, muito trânsito, muita buzina, muita gente na rua!

Chegamos ao centro histórico, e estava tomado de turistas! Fomos direto ao IPeru, onde novamente fomos muito bem atendidos e orientados! Nos indicaram um Hotel com espaço para motorhome, locais seguros, pontos turísticos que podemos ir com nosso carro, local para assistencia ao carro, e diversas informações que pedimos! Nota 10 para informações Turísticas no Perú!

Fomos para o Hotel Las Mercedes, na Av. La Marina, 1001,  há 1,5 Km do centro histórico. Chegando no Hostal La Mercedes, fomos atendidos pelo Sr. Gregori Pac que nos indicou o lugar para instalar nosso carro. Ali já estavam outros overlands, três da Alemanha e uma Toyota land cruiser com um casal de Suíços .

O primeiro que se aproximou foi o Max (www.rocatama.net), que está viajando com a esposa e com um lindo casal de filhos. Estão há um ano viajando desde a Alemanha, America do norte e central e agora, America do Sul. Viajam com um grande caminhão alemão e gostam das montanhas. Não vão muito para as praias. Junto com o Max segue um casal de amigos em uma Mercedes Bens Sprinter, com uma célula atrás. Falamos pouco pelo horário, e no dia seguinte cedo Max e seus amigos partiram. 

O Toninho precisava levar a Master em um centros de serviçosda Renault . Você pode saber como foi lendo o artigo Assistência Técnica Renault em Arequipa

Levantamos e vimos o movimento de um outro casal que estava em um caminhão Mannes. Fomos conversar com eles e nos apresentar. Lothar e Martina, com mais de 50 anos, viajam pelas Américas e comentaram sobre a dificuldade que Martina tem com altitude e viagem de barco, por ser hipertensa. Por este motivo, não vão há lugares muitos altos nem viajam de barco. 

Depois falamos com Andy e Heidi, um casal de suíços muito simpático que estão ao nosso lado. Entramos em seu carro, conversando um pouco e nos contaram que viajam muito para a África! 

Resolvemos ir ao Centro Histórico caminhando e ver o que faríamos. Chegando a Praça das Armas, começamos com umas fotos e logo um ônibus de City tour , lá fomos nós.

Na volta almoçamos no restaurante Ocopa. Uma deliciosa comida típica e um Queso Helado de sobremesa maravilhoso! 

Voltamos ao centro e fomos visitar o Convento Santa Catalina, que está ativo e abrigam 15 religiosas em regime fechado, porém com permissões especiais para saída. O lugar é fabuloso! Praticamente uma cidade dentro de outra cidade. Com cores fortes, todo feito com pintura natural, lindo demais... 

As meninas, no passado, entravam com 14 anos, por decisão da família, para uma vida que nunca mais poderiam sair, em reclusão completa! Nem os familiares nos primeiros 4 anos elas podiam ver, senão por uma grade de madeira. O lugar é lindo. Hoje a escolha é pessoal e a idade mínima para ingresso é 18 anos.

Por volta das 18h,  fomos tomar um café em frente ao Convento em uma das milhares de opções na cidade Blanca e vimos a mensagem do Guto Ferarrini no whatsapp nos convidando para um jantar.  Guto é brasileiro e mora em São Paulo, esta viajando sozinho e fica em hotéis. Uma pessoa enviada por Deus. Perguntou sobre nossa história e nos deu muitas dicas, principalmente com relação á aclimatação nas altitudes. Muito preocupado com nossa inexperiência colocou com detalhes o que a viajem nos reserva e como lidar com varias delas.  Foi ótimo!

No dia seguinte, a Janeh fez café e levou para a Heidi e o Andy tomarem um café brasileiro! Eles amaram!  Eles saíram em direção ao Vale de Colca e depois, iriam á Cusco. Ela trouxe a térmica de volta com um coração de feltro pendurado e abraçou a Janeh dizendo que era para nos lembrarmos deles! Foi ótimo conhecer esse casal de Suíços. 

Nos despedimos da Sra. Ursula e do German, um dos atendentes do hotel, muito simpático e prestativo. E seguimos para Puno.

Altiplanos Peruanos

Um grande desafio nos aguardava: cruzar a cordilheira a 4.553 metros de altitude. Compramos chá de coca, caramelos, comprimidos para enjôo e para aumentar os glóbulos vermelhos. A viagem foi radical, pois a ansiedade começou a bater. Subindo...subindo... subindo... as mãos suavam... e dá-lhe chá de coca.

A paisagem fazia com que relaxássemos. Contornamos o Vulcão Chachani  e eu nem olhava direito...estava de olho na estrada pois tinha muitas subidas e curva;, e no carro, para não aquecer. A Janeh tirando muitas fotos. Quando se passa de  4.000 metros, estamos no Altiplano. A paissagem, de uma vegetação amarela comum nesta altitude é linda demais! O céu é ridiculamente azul, limpo, sem uma nuvem e as montanhas rochosas e o Vulcão Chachani cada vez mais próximo. Foi lindo!

Na estrada nós vimos a primeira placa do Parque Nacional com vicunhas e llamas na região. A Janeh ficou louca quando ela viu as primeiras, em um rebanho há uns 50 metros nas montanhas! Eu, nem pensar em parar! Queria era subir logo para passar os 4500 metros. Quando a Janeh foi ao banheiro, passamos por uns pastores com muitas vicuñas e llanas. Quando ela voltou eu disse para ela do ocorrido e vi no seu olhar a decepção de ter perdido este momento.

Resolvi virar o carro e voltar. Grande foi a nossa alegria quando, ao fazer uma curva, um grande grupo com umas 30 delas estavam paradas no meio da estrada iniciando a travessia. Foi emocionante ver, filmar e fotografar!

Voltamos á estrada e fomos presenteados em muitos outros momentos especiais neste lugar tão lindo! Após alguns Kms, um grande lago á frente nos fez parar novamente. Lindo demais! Mais fotos e filmagens.

Seguimos e chegamos ao Pico de Cruze, 4553 metros. Uma vitória em Cristo! Nos alegramos e Glorificamos a Deus.

Seguimos e entramos em Juliaca, um transito caótico, muitos moto-taxis que são de 3 rodas com uma cabine fechada, muito comum no Perú. Me senti na Índia. Era buzina pra todo lado, ruas estreitas, um caos!

Passado este momento, seguimos para Puno, onde a primeira vista do Lago Titicaca e da cordilheira nevada, completamente branca do lado Boliviano!

Puno é uma cidade que esta construída em um grande morro. Tudo desce ou sobe, não existe rua reta, somente na costaneira. Paramos na praça central e fomos ao i Peru buscar informações de onde poderíamos ficar. Fomos informados de um Hotel, Pousada dos Incas que aceita MH. Ou seria isso ou ficar em um hotel no centro.

Demos uma volta para ver os preços e fomos ver a Pousada dos Incas, próximo ao Titicaca.  A estrutura e preço são bons, mas fomos informados que estava fazendo -5 graus á noite. Ás 18h já estava fazendo 2 graus. Pensamos que seria sofrido ficar no carro e que, com a aclimatação, pois estávamos a 3880 metros de altitude, seria difícil. Resolvemos ir para um hotel no centro.  A noite foi ruim, pois senti muita falta de ar, e precisei de oxigênio. Foi bom estar no hotel, pois eles tem estrutura para isso. 

Acordamos e após o café, fomos dar uma volta pra ver o Titicaca e ver como são os passeios. Para nossa surpresa, são caros, com duração de um dia de barco para visitar as ilhas flutuantes. Como não “me gusta” muito passeios de barco, abortamos e fomos embora em direção á Cusco.

Passar por Juliaca novamente foi outro stress por causa da péssima qualidade das estradas e Trânsito caótico. Abastecemos e seguimos. Fomos a 4.000 metros de altitute novamente e superamos!

No trajeto, novamente vimos paisagens lindas, lugares lindos e visitamos o Parque Arqueológico Raqchi, já na Região de Cusco, no Distrito de San Pedro, na cidade Canchis,  á 113 Km da cidade de Cusco.  Parque Arqueológico tem uma área de cerca de mil hectares, porque fora da gigantesca muralha Inca que protege o parque, há também algumas construções como aquedutos, túmulos subterrâneos e rencintos da cultura pré-inca. O complexo foi construído em diferentes períodos e possui o maior templo inca com 92 metros de comprimento por 25 metros de altura!

Cusco - o Umbigo do Mundo

Chegamos em Cusco que está a 3.200 metros, ás 17:00 h. No GPS, as coordenadas de um camping que outros viajantes nos deram e fomos em direção ao Camping.

Cusco tem um trânsito complicado, o Centro Histórico com ruas estreitas... o GPS nos colocou em uma rua sem saída no centro histórico e muito estreita, foi um trabalho manobrar ali, mas saímos e chegamos a Plaza de Armas.

Perguntamos sobre o camping mas ninguém conhecia. Estávamos falando com dois policiais quando olhei para a minha janela e surgiu um sujeito que perguntou o que nós precisávamos. Eu disse que procurava o camping e ele me explicou o caminho. Quando virei para falar com a Janeh e voltei para agradecer, o cara tinha desaparecido. Acredito que Deus colocou um anjo para nos dar a direção.

Chegamos ao Camping Quinta Lala e encontramos outros viajantes que já tínhamos visto em Arequipa,e outros novos. 

Como precisamos nos aclimatar, então ficamos no camping. Estamos a mais de 3.600 metros de altitude e isso nos deixa lentos e cansados! Descemos para comprar as passagens para Machu Picchu e tivemos dificuldades em conseguir porque estão em alta temporada, , há muitos turistas aqui nesta época! Só conseguimos para o dia seguinte, indo ás 6:40 h de Poroy e retornando no trem das 15:23 h. O que nos daria 4:30 h para subir, ver tudo, descer e estar meia hora antes da saída do trem! Ficamos muito felizes por ter conseguido! Fomos ao Café dos X 3, indicado pela Mila do Camping, tomamos um café delicioso com bolo!

Machu Pichu - A Cidade Sagrada

Chegamos á Estação Ferroviária de Poroy e o Trem saiu na hora. Seguimos por uma viagem de 3:30 h até Águas Calientes.

A viagem é linda! Por meio de montanhas, passando por vales lindos! É possível ver a mudança da vegetação em Urubamba, passando para uma vegetação quase amazônica! Foi muito interessante! Ficamos sabendo que o rio Urubamba nasce em Arequipa e circunda as Montanhas de MachuPicchu, e segue dando origem ao Rio Amazonas.

Fomos de ônibus até a entrada da Cidade Sagrada. Foram 30 minutos de muitas curvas, num caminho sinuoso e íngreme! Uma subida, para mim assustadora, com passagem por curvas sem nenhuma barreira de proteção, estrada estreita onde muitas vezes outros ônibus tinham que dar espaço para o nosso seguir! Enfin, chegamos, pegamos um guia com mais uma família de peruanos e entramos!

Foram duas horas de muitas informações preciosas, e um sobe e desce por toda a cidade sagrada! Com um visual incrível e uma estrutura social muito bem definida e trabalhada! A começar pelas construções, que definiam se eram residências, ou local de estocagem de alimentos, ou templos, ou comércio! As fontes de água que foram desenhadas para passar por toda a montanha; a separação dos setores agrícolas e Urbano nos dois lados da montanha; os portões  de entrada na montanha com as casas dos guardiões, O setor dos templos, a praça principal, o observatório astronômico, enfim, tudo muito bem construído, revelando o conhecimento deles em todas as áreas!

O Toninho não passou muito bem na descida!  Chegamos ao povoado e fomos a um posto de saúde, onde viram a pressão dele e disseram para ele descansar. Fizeram isso umas 3 vezes. Quando a pressão dele melhorou e o formigamento passou, fomos para a estação aguardar o trem. Estávamos tão cansados que fizemos o trajeto de volta quase que todo dormindo!

Acordamos mais tarde, e o Toninho acordou resfriado. Decidimos ficar no camping descansando! Os alemães Achim e Ute, que venderam tudo e estão viajando há alguns anos; e os franceses Georges e Marie Claude chegaram ao camping! Esses tem mais de 75 anos e viajam por anos também! É incrível o que esses europeus fazem! Eles só viajam pelas montanhas, há mais de 4.000 metros de altitude! 

Chegaram mais alguns europeus ao camping, com caminhões enormes, e também o Andy e a Heidi, que conhecemos em Arequipa! Vieram ver os últimos momentos do jogo Costa Rica  X Holanda conosco e ficamos conversando!

De Cusco a Nazca - Um trajeto difícil

Levantamos cedo e arrumamos tudo para sairmos em direção a Chalhuanca, cidade há 350 Km de Nazca. O trajeto foi repleto de paisagens lindas, subidas e descidas, com pampas há mais de 4000 metros de altitude e muitos vales, lagos... simplesmente maravilhoso!

A noite foi bem complicada! O Toninho estava com muita tosse, e não dormimos muito durante a noite! Eram 7 h e resolvemos levantar. Eu fiz chá de coca, o Toninho não quis comer nada, só tomou um yogurte e partimos. 

Quando estávamos saindo de Chalhuanca, o Toninho começou a sentir as mãos e o rosto dormentes, e voltamos e fomos procurar um hospital! Chegando lá, pagamos 11,00 Soles (R$ 8,80 Reais) pela consulta e o Toninho foi atendido! Mediram a pressão dele e estava  muito baixa. A médica o atendeu, e o encaminhou para ser aquecido, receber oxigênio e ficar em observação na emergência. Me pediram para fazer um chocolate quente, pois segundo ela, não tinham remédio para subir a pressão! Fui no carro, fiz o chocolate e retornei ao hospital. Ele tomou, e ficou ali deitado no oxigênio até 11:40 h. A médica veio vê-lo, e como estava com muita tosse e secreção, ela receitou uma nebulização.  Ás 13:00 h o liberaram. Passamos pela médica novamente e saímos!   

Almoçamos e o Toninho, se sentindo melhor, resolver seguir hoje mesmo para Nazca. Tínhamos, segundo as previsões, umas 7 horas de viagem pela frente! A viagem foi tranquila, o Toninho estava bem. Mas tínhamos que ir rápido para não chegar tão tarde em Nazca. Novamente, fomos a mais de 4000 metros de altitude, pelo menos três vezes, passamos por montanhas, vales, pampas, e o visual é de uma riqueza incrível! Quando passamos o Pampa Galeras ás 17:30 h, pegamos o final do por do sol de cor alaranjada na descida! Um visual lindo, com muitas vicunhas, lhamas... lagos, montanhas... foi maravilhoso!

A descida para Nazca é uma serra sinuosa onde se desce de 4000 para 700 metros em 40 Kms. Fizemos a descida á noite já! Quando estávamos há 20 Km do final da serra, ficamos sem freio.  Paramos e ficamos esperando esfriar o freio. O Toninho parou dois carros que lhe disseram o mesmo: esperar esfriar. O Segundo caminhoneiro lhe disse para seguir na primeira, pois a parte sinuosa já tinha praticamente acabado. Seguimos em segunda e, aos poucos, o freio foi voltando! 

Ao final da serra, colocamos as coordenadas do Hotel La Maison Suisse (indicação do Georges). Chegando, fomos atendidos por Solange, que nos indicou o lugar onde deveríamos ficar! O Hotel fica ao lado no local onde os turistas vem fazer voos panorâmicos para ver as linhas de Nazca. ós nos instalamos, tomamos uma ducha maravilhosa, tomamos uma sopa, e fomos descansar.

Oramos agradecendo a Deus pela vitória, pela melhora do Toninho, e por conseguirmos, prontamente, chegar ao hotel!

(sentimentos) Este foi particularmente um dia difícil. Com o Toninho sentindo-se mal, um hospital numa pequena cidade quase sem estrutura, não saber o que fazer... Depois resolvemos seguir,  e todo o trajeto precisei conviver com a preocupação com o estado de saude dele, pois era um trajeto muito longo! Ai, ainda aqueceu o freio e tivemos que ficar quase uma hora parados na serra totalmente escura esperando esfriar...As paisagens são lindas, mas como conseguir administrar tantos sentimentos e pensamentos? "Minha força vem de um Deus que faz milagres"!

Finalmente o Toninho acordou com outra aparência e disposição. tomamos um bom café, ficamos conversando sobre os últimos dias, compartilhando sobre os tantos desafios que tem sido prosseguir... Rimos e choramos juntos! Comentamos que estamos conhecendo um lado, um no outro, que apesar de 23 anos casados, não conhecíamos!  E como tem sido bom ver que as fraquezas de um são sustentadas pela força do outro!

A tarde o Toninho foi para o saguão do hotel assistir o jogo do Brasil X Alemanha e conversar com sua mãe, e irmã, no skype. Com a goleada que o Brasil levou, ele voltou logo, pois tinham muitos europeus no hotel assistindo o Jogo!

As lineas de Nazca

Levantamos e resolvemos fazer um e tour em Nazca. Fomos visitar os Acueductos de cantallos, onde vimos a forma comemos incas traziam a água do subsolo para o solo para poder irrigar as plantações!

Fomos ver algumas lineas próximas dali, chamadas Las Agujas, e seguimos para ver Los Paredones, o que teria sido um centro administrativo antigo fazendo o controle de chegada e saída entre a serra e a costa. Ele tem uns 2 km de extensão e construções que parecem fortes, e que abrigaram representantes, e pessoas importantes de cidades como Cusco e outras que vinham a costa.

Seguimos nosso passeio indo aos mirantes para ver as Líneas de Nazca. Na Panamericana Sur, em direção a Lima, há dois lugares para vermos alguns dos geoglifos desenhados em sulcos no deserto. Subimos no primeiro mirante e não era possível ver nenhum desenho definido!

Mas ali conhecemos o casal Marco Antonio e Karin, são de São Paulo e estão há um mês viajando! Eles tem um projeto Atlântico Pacífico em 2 Rodas em dois meses! Estão completando o primeiro mês e indo em direção a Paracas, para ver o pacífico! Eles nos indicaram outro mirante que seria possível ver duas figuras e se foram.

Fomos para o próximo mirante, que era uma torre e, ali sim, podíamos ver pelos menos duas figuras bem definidas. As demais somente com voos em aeroplanos, o que estava fora dos nosso planos, pois o Toninho passaria mal pois eles dão muitas voltas em círculo!

Um oásis no deserto - Huacachina

Levantamos, tomamos café, ajeitamos as coisas, nos despedimos da Solange e agradecemos sua atenção e gentileza!

O trajeto de Nazca a Huacachina é de muitos contrastes, montanhas, pedras, vales, depois vai ficando deserto, aparecem algumas pequenas cidades, vales, plantações e de novo deserto. Até chegarmos a Ica, uma cidade maior, mas por ser no deserto, com aspecto sujo e empoeirado!

Seguimos para Huacachina e realmente é um balneário interessante, pois a Panamericana Sur passa em meio a dunas e de repente aparece o Oásis! Um local pequeno com um lago no centro, alguns hotéis e restaurantes ao redor do lago e toda cercada de dunas enormes!

Saímos para conhecer a cidade, demos a volta por dentro (ao redor do lago) e por fora, tiramos algumas fotos, escolhemos um lugar para almoçarmos, voltamos para o carro e descansamos uma hora, nos preparando para subir as dunas!

Subir as dunas foi um exercício e tanto para nós que estamos saindo de uma gripe! Mas foi muito legal! Eu subi a primeira e fiquei. O visual é maravilhoso! Ali deu me ministrou sobre o texto de Isaías 43 (Oásis no deserto) . O Toninho seguiu mais um pouco para outras dunas acima, e ficou por lá um tempo!

Depois retornou, descemos, e foi uma aventura, descer as dunas correndo! Fomos novamente para a praça e tomamos um chá com panqueca doce! Uma delícia!

Lima – Lugar de Milagres e Encontros

Levantamos e resolvemos seguir a Lima, passando por Paracas para tomar um café, depois Pisco e seguindo para Lima.
Em Paracas nós paramos e fizemos um café gostoso, tomamos, e fomos dar uma volta pela marina. Apesar do tempo nublado, o lugar é muito simpático!

Seguimos para Pisco, uma cidade bem praiana e suja. Nesta região, as praias do Peru fazem contraste com o deserto. E claro, o dia nublado não ajuda para uma avaliação do Local!

Chegamos em Lima. A entrada pela periferia nos assusta, como toda cidade grande! Tínhamos a coordenada de um Clube Alemão, e chegamos lá sem dificuldades, mas eles só aceitam alemães e não teve jeito! Tínhamos que encontrar outro lugar! Nossa amiga Márcia Vaccari, não tinha ligar em sua casa para nosso MH.

O Toninho viu um shopping e entrou. Fomos até a administração do Mall para vermos a possibilidade de deixarmos o carro ali. Tentamos, conversamos, explicamos, e não teve jeito! Estavam em cinco pessoas já e simplesmente nos disseram que não poderíamos ficar!

Neste momento estávamos pedindo a Deus uma solução já! Pois numa cidade grande, num trânsito de sexta feira final de tarde, com um motorhome é complicado! E parou no nosso lado um peruano se apresentou, como Edwin, sendo casado com uma brasileira e nos perguntou o que precisávamos! Explicamos e ele nos disse que poderíamos ficar em sua casa! não podíamos acreditar!

Sua esposa, Raquel estava no Shopping e saímos para procurá-la! Ela nos recebeu muito bem! Nos identificamos como cristão e eles também! Compartilhamos de como Deus faz as coisas, pois tinha voltado para casa quando sentiu que deveria voltar ao Shopping e nos encontrou.

Acordamos, tomamos um café delicioso e entramos em contato com nossa amiga, que só poderia estar conosco a tarde. Então, saímos com eles, fomos ao Museu da Cultura, onde visitamos três exposições.  Uma delas, muito interessante sobre os 20 anos de Terrorismo no Peru (1980-2000), uma mostra impactante! Difícil imaginar que há tão pouco tempo o Peru tenha vivido momentos de tanto terror e destruição! Nos mostrou novamente que o Peru tem um povo guerreiro e que não esquece sua história!

Agradecidos nos despedimos e seguimos para o endereço que nossa amiga nos deu! Chegamos ao endereço e, para nossa surpresa, encontramos o irmão dela, Bruno e a Jessica, Bruno que morou no brasil um tempo e é nosso conhecido e sua esposa Jessica, uma pessoa amorosa, receptiva e muito, muito hospitaleira! Foi uma recepção surpreendente! Mundo pequeno esse!

Logo chegou nossa amiga, Márcia Vaccari, irmã de Bruno! Conversamos muito! compartilhamos as experiências dos últimos dias e saímos para conhecer Lima a noite. Eles nos levaram a alguns lugares turísticos, e fomos jantar Pollo a la brasa, um prato turístico peruano, delicioso!  Foi um dia e tanto!

Dia de conhecer mais alguns lugares, como Costa Verde, MiraFlores e alguns lugares turísticos e ainda fomos para o clube onde fizeram reserva num restaurante de comida Chinesa/Peruana, e saímos para conhecer o Lugar que é lindo! E em dias de sol, deve ser especial passar os dias ali!  

A comida, para variar, como toda comida do Peru, é saborosa! Deliciosa! A companhia muito agradável! Almoçamos e fomos ao último andar assistir o Jogo da Alemanha X Argentina! Ao término do Jogo, fomos ao culto com Bruno e Jessica e a Márcia! Um tempo especial! Como é bom estar com a família de Deus! A ministração foi a mesma da casa do Edwin! A mesma linguagem e a ênfase na restauração das famílias!

Saímos do culto e fomos tomar chá juntos e pudemos compartilhar algumas coisas que aprendemos nestes dias! Tão preciosos ver o que Deus está fazendo no Peru! Somos gratos a Deus por nos preparar momentos tão bons e inesquecíveis!

Fomos visitar a sra. Gladys, mãe de Bruno e da Márcia. Um doce de mulher, tão amorosa, nos recebeu dando meias para aquecer os pés, nos disse que agora tinha mais dois filhos! Nos deu uma bandeira do Peru para levarmos! Foi um tempo maravilhoso que passamos com ela!

A Márcia, faz bandeiras proféticas e nos presenteou com uma bandeira profética com bandeiras de 12 nações, dentre elas, muitas das que visitaremos! Oramos juntas! Foi um momento muito especial!

Dia de partir. Levantamos, arrumamos as coisas e descemos para o café! Mais uma vez um café delicioso nos aguardava! Chegou o momento de seguir! O Bruno e a Jessica nos abençoaram muito nestes dias! Foi difícil sair, mas, nos despedimos e resolvemos enfrentar o trânsito de Lima!

Sair de Lima foi um desafio! Foi mais de 1:30h em um trânsito lento, congestionado e caótico! Esse povo ama uma buzina e não sabe o que é seta! Fazem cinco filas onde só cabem três! Um caos!

Tortugas – uma surpresa

O trajeto de Lima até Tortugas foi muito comum, considerando que o dia estava bem nublado, com muitas montanhas, cidades com muitos moto-taxis que deixam o trânsito complicado! Mas, quando chegamos em Tortugas, foi como entrar no paraíso! Uma praia tranquila, com pouquíssimos moradores, um lugar de descanso! Tínhamos uma coordenada e fomos ao Hotel El Farol, onde há espaço para motorhomes.

Estacionamos e fomos dar uma volta! Não há vendas ou padarias fora de temporada, e fomos informados de que um senhor passa com uma moto-taxi, vendendo pão ás 19 h. Logo o encontramos, compramos pão caseiro fresquinho e voltamos para o hotel! Ficamos tocando, cantando, e admirando o visual, ouvindo o mar... Uma delicia!

Huanchaco

O dia estava totalmente nublado ainda. E nós estamos indo em busca do sol! Partimos para nosso próximo destino. O sol começou a abrir e chegamos em Trujillo e  fomos ao Hotel Huanchaco, com espaço para motorhomes. Já tinham mais três carros de alemães hospedados ali!

Um deles, o Benjamin, já conhecemos de Cusco, os outros dois, Manfred e Somati (sua filha), e o Wolfram e Íris, um casal muito querido! Eles falam somente inglês e alemão. Só a Íris fala um pouco de espanhol! Mas conseguimos nos comunicar!

Resolvemos sair e comer o tão falado Ceviche! Fomos ao Restaurante Los Herrajes e pedimos! Que coisa deliciosa! Simplesmente muito bom! Fomos passear na praia e no final da tarde, voltamos ao hotel, pegamos as cadeiras e retornamos para assistir ao pôr do sol! Maravilhoso!

Depois, fomos conversar com os alemães! A íris nos deu arquivos com coordenadas de locais para ficarmos em Equador, Colômbia e América do Norte! Dissemos que gostaríamos de viajar uns dias com eles para aprender e eles disseram que tudo bem! Eles sairiam às 9 h no dia seguinte! Decidimos ir junto para viver esta experiência.

No Ritmo dos Alemães

Acordamos, com um dia lindo, sol! Arrumamos tudo, tomamos café e aguardamos para sair! Ás 10:30 h, e não ás 9 h como nos falaram, eles saíram e nós fomos junto!

Viajamos todo o dia! De Huanchaco até Piúra! Foram 400 km, a uma velocidade média de 70 Km/h, passando por muito deserto, cidades pequenas com trânsito complicado, e sem paradas! Eles simplesmente não param!

Salvo algumas plantações de arroz, algodão, este trecho não tem nenhum atrativo mesmo! É somente um trecho de passagem! Pararam em um posto no meio da muvuca e nos deram boa noite!

Aprendizado de hoje: não cumprem muito horário; não param para comer; dormem em qualquer lugar!

Zorritos – Um paraíso no final do Perú

Saímos cedinho para Zorritos. Neste trecho, nos deparamos com uma paisagem de montanhas, não mais de dunas, mas de barro mesmo! Se seguimos cruzando cidades pequenas, com o trânsito complicado! Este trajeto da Pan-americana está mal conservada! Muitos buracos na pista!

O dia nublado não nos permite fotografar! Mas, como faz calor nesta região, pelo menos a temperatura está amena! Neste ponto, começamos a ver mais áreas verdes! Com plantações de arroz e cana, e a paisagem fica mais agradável! Na altura de Talara, passamos pelo projeto do primeiro parque eólico do Perú, ainda em construção!

Fomos ao Hotel Pinamar! Todos gostaram hotel! O estacionamento para nossos carros fica na praia. Nós nos instalamos! Fomos almoçar e ficamos conversando! Hora de praticar o inglês! Depois fomos passear na praia, tomar banho de mar, de piscina! Descansar!

Acordamos com o barulho do mar! Um dia lindo de sol! Uma brisa maravilhosa! Preparamos o café e tomamos contemplando o visual!

Depois o Toninho saiu para resolver o problema do Pneu e fiquei atualizando informações na internet! O pessoal do hotel veio me mostrar as lagostas recém pescadas! Me serviram um leite de soja delicioso! Quando o Toninho retornou e fomos almoçar pescado no restaurante do hotel! Uma delícia!

A tarde fomos passear na praia, tomar banho de mar! O sol é uma delícia e a água é quentinha! Muito bom! Depois fomos passear e encontramos um grupo de pescadores chegando do mar! Questionamos se tinham camarões e um deles abriu um balde com camarões pistola! Nos falou que era 60 soles o Kg. Meio caro para um pescador, mas resolvemos comprar meio Kg. O Toninho foi junto com ele e ele colocou 1 Kg de camarão por 30 Soles! E ainda disse que poderíamos ficar no terreno dele com água e energia de graça se quiséssemos!

Quando voltamos os alemães nos avisaram que sairiam pela manhã para o Equador! Dissemos que ficaríamos mais um dia!

O dia amanheceu perfeito! Tomamos café com o visual do mar, o som das ondas! 

Logo a Iris veio conversar conosco. Disse que estava partindo! Que via que somos felizes! E falamos pra ela, que cremos que se só vivermos o Amor (Deus é amor), as pessoas sentirão! Ela nos disse: “sim, eu percebo isso em vocês!” Eu a abracei! Nos despedimos! Combinamos de nos encontrar em breve! Foi muito precioso! Ela é uma pessoa linda! 

Nos despedimos do Manfred e da Somati também, com a promessa de nos vermos em breve! Eles saíram e nós ficamos! Descansamos, lemos, meditamos, fomos para praia, ficamos conversando, caminhamos... Tão bom estar aqui! Amanhã vamos sair... precisamos seguir! Mas com certeza este lugar é especial!

Nos despedimos de Jorge e Cindy (administradores do hotel onde ficamos). E ele nos deu uma prancha de cristal, feita por ele, de recordação!

Os Manglares

Fomos até Puerto Pizarro, uma pequena cidadela que vive do turismo dos Manglares. Ali compramos um passeio de barco pelos Manglares, pelo qual pagamos $100 Soles (R$ 80,00). Achamos um pouco caro, mas pensamos que o passeio valeria a pena! Fomos só nos dois em um barco, mais o guia, e uma senhora, que depois descobrimos ser a esposa do marinheiro!

Fomos a Tuna Carranza, onde há um zoocriadero de crocodilos. Onde há diversos deles em diversas fases de crescimento. Segundo o guia, o objetivo é evitar a extinção desses animais, mas a impressão que tivemos é que a estrutura não é boa! São muitos crocodilos amontoados em celas, separados por idade! Muitos deles com tanques secos (que segundo o guia são para limpar), cheios de pó.

Seguimos até a ilha dos pássaros. Saiba mais em Avesfragatasperu.com.  Ali é possível ver os ninhos de pelicanos, gaivotas, fragatas, garças e outro pássaros! O visual é impressionante! É uma quantidade enorme de ninhos de diversos pássaros! Achamos o passeio muito interessante! Voltamos de barco até Puerto Pizarro e seguimos para o Equador!

Leia mais em Fase I: Equador.

 

Desenvolvido por - RPA Design