Chile - Puerto Natales a Paso San Sebastian
Trajeto VII: Puerto Natales - Punta Arenas - Punta Delgada - Bahia Inútil - Paso San Sebastian
09/02 - Puerto Natales - Mecânico
A noite foi tranquila mas, como dormimos no centro, o movimento começa. Fomos ao Sr. Luiz, o mecânico e ele prontamente nos ajudou resolvendo tanto o problema do amortecedor, como a troca do filtro. Super indicamos. Um senhor correto, muito simpático, que nos cobrou $5000 pesos para fazer os ajustes necessários!
Ficamos passeando pela cidade, um lugar muito agradável, embora movimentado de turistas.
Percebemos muita carência de mão de obra na cidade. Em todos os lugares, faltam trabalhadores.
Até verificamos umas possibilidades, mas para estrangeiros é um pouco mais complicado, principalmente no caso de empresas cuja matriz ficam em Santiago. O processo pode demorar até um mês.
Fomos para a costaneira e estacionamos por lá! Ficamos até a noite quando, para fugir do vento, voltamos ao centro para dormirmos.
10/02 - Punta Arenas
Chegamos a Punta Arenas final da tarde e fomos até a Zona Franca dar uma volta de "reconhecimento". Achamos as coisas bem caras! Mas é bem organizada e limpa! Gostamos do lugar.
Fomos até o Copec pegar água e resolvemos ficar para dormir. Quando já estávamos indo deitar, chegou um caminhão frigorífico e estacionou ao nosso lado. Impossível dormir com o barulho do frigorífico ligando e desligando. O Toninho questionou se ele ficaria por ali, ele disse que sim então, nos retiramos. Fomos até o estacionamento do Ferry Punta Arenas onde dormirmos.
11/02 - Punta Arenas - Conhecendo a História
A noite foi tranquila, sem muito vento e silenciosa. Achávamos que seria pior.
Resolvemos sair para conhecer um pouco da cidade e sua história. Fomos ao centro de informações, pegamos os mapas e fomos para o museu da cidade.
"Considerada a Capital Histórica da Patagônia, Punta Arenas possui uma história de aventureiros. Marcada por sacrifícios, determinação, violência e prosperidade. Em 1843 com a construção do Fuerte Bulnes, se estabelecia o primeiro povoado da região sul do Chile, chamado "Magallanes" formado por uma tropa militar que não tinha a estrutura local necessária para se estabelecer . Em 1848 o então governador José Santos Mardones faz uma viagem 60 km ao norte para instalar a cidade em sua atual localização.
Um lento crescimento regional inicia, marcado pela atividade penal e a caça de leões-marinhos. Em 1851, Punta Arenas, com 200 habitantes, vive o primeiro motim da cidade que culminou com o assassinato do governador Muñoz Gomero. Seu nome hoje está estampado na Praça de Armas da cidade.
A esperança de crescimento começou a tornar-se realidade com a criação de ovelhas provenientes das Ilhas Malvinas, a declaração de porto livre e a chegada de muitos imigrantes que se estabeleceram para tentar a sorte e conseguiram grandes riquezas, graças a grande diversidade de atividades comerciais.
Alguns pioneiros como José Nogueira, a família Braun e a família Menéndez ajudaram a escrever a história da cidade, participando da busca por ouro, da navegação e da pecuária. E enquanto faziam fortuna, esses moradores ilustres e outros pioneiros contribuíram para a formação do patrimônio histórico da cidade. Localizadas ao redor da praça, foram construídas mansões de influência francesa e outros simbolos característicos da idade de ouro, como o monumento a Hernando de Magallanes e o cemitério local.
Infelizmente este processo de modernização nao levou em conta, ou se preocupou com, a preservação dos povos indígenas nativos, resultando na extinção dos Aónikenk, Onas, Alakalufes e Yaganes, quer seja pela força das armas ou pela gravidade das doenças trazidas pelos brancos.
Hoje, Punta Arenas é uma cidade aberta ao mundo. Pelo Estreito de Magallhães circulam os vários navios de carga e cruzeiros que ligam os oceanos Pacífico e Atlântico. Por seu aeroporto, milhares de turistas chegam a Punta Arenas em direção a Ushuaia e ao Parque Nacional Torres del Paine, assim como, aos redores da região urbana onde se pode desfrutar um cenário único e maravilhoso!" (Compilação dos dados disponiveis no Museu Regional de Magallanes).
Foram duas horas de museu e muitas, muitas histórias!
Saímos passear pelas ruas da cidade, visitar a praça de armas, os monumentos, contemplar as mansões lindas e imponentes, o número intenso de turistas e os restaurantes e cafés.
Final da tarde retornamos a costaneira, mas o vento forte nos fez voltar ao estacionamento do Ferry Punta Arenas para dormir.
12/02 - Punta Arenas - ... Um pouco mais de história...
Fomos visitar o Museo Regional Salesiano Marggiorino Borgatello.
Criado em 1893 com uma coleção etnográfica, hoje conta a história da patagonia, desde a diversidade da flora e fauna da região, arqueologia e paleontologia, bem como cultura, história, religião e denvolvimento econômico da região.
Fomos para a costaneira, onde estacionamentos e passamos tarde! Como é sexta feira o barulho não parou até bem tarde e resolvemos voltar ao estacionamento do Ferry, bem mais tranquilo.
Estávamos entre a decisão de irmos de Ferry de Punta Arenas a Porvenir ou dar a volta pelo estreito de Magalhães até Punta Delgada.
O Ferry para nosso carro custa $39.600 mais $6.200 para carona! São duas horas de viagem e depois mais 114 km até o Parque Pinguino Rey, que queremos visitar.
Até o Ferry em Punta Delgada são duas horas e meia dirigindo. O Ferry custa $15000 pesos chilenos. Temos que rodar mais 134 km até a pinguineira. Por fim decidimos dar a volta.
13/02- Ferry Punta Delgada - Tierra del Fuego - Parque Pinguino Rey
Saímos de Punta Arenas as nove horas da manhã para aproveitar o dia que nasceu frio e nublado. Esta noite fez cinco graus! E a temperatura não dá sinais de querer subir muito hoje!
O dia foi frio, o sol entre nuvens aqueceu timidamente nosso dia. Paramos em San Gregório, uma Estancia, diríamos que, fantasma onde é possível ver dois dos 19 barcos que naufragaram no estreito de Magalhães. Uma história de tragédias. Muitos vindos da Europa morreram lutando contra as águas violentas do Estreito de Magalhães.
Seguimos a Punta Delgada onde almoçamos. E pegamos o Ferry para a Tierra del Fuego! Foram $15000 pesos chilenos e vinte minutos nas águas agitadas! Mas passou rápido.
Rodamos até o Parque Pinguino Rey, no setor Bahia Inútil, na Ruta I-85, km 14. Dirigimos por cento e trinta e quatro quilômetros, dos quais quarenta e quatro são de ripio. Mas a estrada está boa.
Chegamos no Parque as cinco horas. Uma hora antes de fechar. A entrada está $12.000 pesos chilenos por pessoa! Gastamos o que economizamos no Ferry dando a volta! Mas depois de tudo isso, somos obrigados a pagar e entrar!
Entramos, andamos trezentos metros e lá estavam eles! Há vinte metros de nós pois estão protegidos por delimitadores. Mas mesmo assim, é fantásticos vê-los pessoalmente! Fazem um barulho! Parecem conversar entre eles! Com altura de até noventa centímetros e pesando de oze a quize quilos.Observá-los em si já é um espetáculo. Dando comida aos seus filhotes, cuidado dos ovos, tomando sol, nadando, conversando entre si... encantando-nos.
Dormimos em frente ao Parque para podermos entrar amanhã de novo, já que chegamos final de tarde nos permitiram fazer isso.
14/02 - Mais um pouco de pinguins...
Noite de muito frio e vento! como teriamos que esperar até as onze horas para poder entrar novamente no Parque, ficamos na cama até mais tarde.
Ás onze horas, pontualmente, saimos novamente e entramos no parque indo até o local onde os pinguins estao e ficamos ali por mais uma hora, somente contemplando a fora como vivem e se comunicam.
Seguimos para a fronteira por mais sessenta quilomentros de estrada de ripio, um pouco pior que o enfrentado ontem. chegamos a fronteira as duas da tarde, almocamos e cruzamos. a saida do chile foi rápida e tranquila.
E mais uma vez chegamos a Argentina...